EUA prometem usar 'todas as ferramentas' contra comércio 'desleal' da China

O governo do presidente norte-americano Joe Biden, em relatório enviado ao Congresso nesta segunda-feira (1º), disse que usará todas as ferramentas disponíveis para combater um amplo espectro de práticas comerciais desleais cometidas pela China.
Sputnik

A declaração foi publicada em um relatório divulgado pela Representação de Comércio dos Estados Unidos que aponta a agenda política comercial norte-americana para este ano e faz um balanço sobre o ano anterior.

"O governo Biden está empenhado em usar todas as ferramentas disponíveis para enfrentar a variedade de práticas comerciais desleais da China que continuam a prejudicar os trabalhadores e empresas dos EUA", aponta o documento.

Essas ações de combate, ainda de acordo com o relatório, incluem barreiras tarifárias e não tarifárias que restrinjam o acesso ao mercado de produtos oriundos de trabalho forçado e subsídios às exportações, entre outros. Os EUA também acusam a China de transferências coercitivas de tecnologia, violação de propriedade intelectual, censura e tratamento injusto de empresas norte-americanas em diversos setores.

Ainda conforme o documento, o governo Biden fará dos direitos humanos dos uigures uma prioridade máxima e prometeu trabalhar em estreita colaboração com os aliados dos EUA para resolver tais questões.

EUA prometem usar 'todas as ferramentas' contra comércio 'desleal' da China

A tensão entre os dois países tem crescido ao longo dos últimos anos, conforme a China amplia sua capacidade comercial e tecnológica. Ao longo do governo do ex-presidente Trump, a relação bilateral se deteriorou de forma significativa. Trump ergueu barreiras tarifárias contra a China e durante o período da pandemia da COVID-19 responsabilizou publicamente o governo chinês pela disseminação do vírus. O governo Biden tem sinalizado que manterá a pressão contra o país asiático.

As autoridades chinesas negaram em diversas ocasiões as alegações dos EUA de práticas comerciais injustas e abusos dos direitos humanos, além de contestarem veementemente as acusações vocalizadas pelo ex-presidente Trump relacionadas à COVID-19.

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