Em janeiro, o presidente filipino ressaltou a necessidade de fortalecer as "próprias defesas" e instruiu o governo a considerar o encerramento do Acordo de Forças Visitantes (VFA, na sigla em inglês) entre Manila e Washington que oferece uma estrutura legal para a presença das tropas norte-americanas nas Filipinas e a organização de manobras conjuntas.
"Eu fiz uma declaração de que vamos adotar uma política externa independente […]. Eu garanti à China que não permitirei que armamentos nucleares dos EUA sejam armazenados nas Filipinas", afirmou Duterte nesta segunda-feira (1º), durante uma coletiva de imprensa na Base Aérea de Villamor, em Pasay.
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de as armas dos EUA serem armazenadas em solo filipino, Duterte recordou que a Constituição das Filipinas proíbe a implantação de armas nucleares.
"Nós não queremos isso […], mas estou avisando que se eu ficar a par de [...] informações de que armamentos nucleares estão sendo trazidos por vocês [EUA], eu vou pedir-lhes para sair imediatamente e vou acabar imediatamente com o Acordo de Forças Visitantes", advertiu.
A declaração surge depois de o porta-voz da presidência, Salvador Panelo, ter dito no início de fevereiro que o presidente filipino havia instruído o governo a encerrar o VFA, dizendo que chegou a hora "de confiar em nós mesmos".
"Fortaleceremos nossas próprias defesas e não dependeremos de nenhum outro país", ressaltou Duterte.
Duterte acusa políticos americanos de criticar a sua abordagem de combater o tráfico de drogas, e até chegou a proibir vários legisladores dos EUA de entrar nas Filipinas.