Novas sanções: EUA proíbem exportações de defesa para Rússia, mas fazem exceções no setor espacial

Os EUA incluíram nesta terça-feira (2) a Rússia na lista de países sujeitos a ter negada a exportação de artigos de defesa. A cooperação espacial, no entanto, ficou isenta da nova rodada de sanções.
Sputnik

O Departamento de Estado norte-americano anunciou uma nova rodada de sanções contra a Rússia, introduzida em conexão com o suposto envenenamento do ativista da oposição Aleksei Navalny.

Washington repetidamente atribui ao Kremlin a autoria do suposto envenenamento, apesar de não apresentar evidências para substanciar as alegações. A nova rodada de sanções teve como alvo a indústria de defesa, com a Rússia sendo adicionada à lista de países cujas exportações de artigos e serviços de defesa foram negadas.

​Ao mesmo tempo, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, observou que certos setores ficarão isentos da nova rodada de sanções nos próximos seis meses.

Apesar de implementar sanções ativamente desde que as relações bilaterais começaram a se deteriorar em 2014, Washington manteve a cooperação com a Rússia na indústria espacial.

Com a nova rodada de sanções, Washington encerrará todos os programas de atos de assistência externa relacionados à Rússia, exceto a assistência humanitária urgente. Os Estados Unidos também proibiram o fornecimento de quaisquer créditos ou assistência financeira à Rússia através de departamentos governamentais.

Caso Navalny

Navalny se sentiu mal durante um voo em 20 de agosto de 2020, sendo hospitalizado na cidade russa de Omsk. Médicos locais levantaram inicialmente a hipótese de envenenamento, mas posteriormente descartaram a suspeita com o resultado dos exames médicos.

Os EUA, em conjunto com outros países ocidentais, acusam as autoridades russas de envenenar o opositor russo, Aleksei Navalny, e exigem uma "explicação" de Moscou.

Novas sanções: EUA proíbem exportações de defesa para Rússia, mas fazem exceções no setor espacial

Moscou, por sua vez, negou veementemente as acusações, indicando que os médicos russos não encontraram vestígios de produtos químicos perigosos no sangue de Navalny. O Kremlin também condenou o silêncio da Alemanha, acrescentando que não poderá conduzir uma investigação sobre o caso sem evidências que provem que ele foi realmente envenenado.

O opositor russo recebeu tratamento na Alemanha e, ao regressar a Moscou em 17 de janeiro, foi detido e posteriormente condenado por infringir as condições de uma sentença contra ele de 2014. Navalny foi condenado a três anos e meio de prisão.

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