O programa-piloto da nova pulseira começou no Aeroporto Internacional Ben Gurion na segunda-feira (1º), onde 100 dispositivos foram distribuídos a viajantes que tinham acabado de pousar em solo israelense, podendo, assim, evitar quarentena em um pequeno hotel administrado pelas forças militares israelenses.
Deste modo, os que optaram por usar a pulseira eletrônica que monitora a COVID-19 – juntamente com um aplicativo de celular e dispositivos de rastreamento montados nas paredes – estarão livres para passar a quarentena em casa (caso sejam cidadãos ou tenham amigos e familiares residentes em Israel).
A pulseira deve alertar as autoridades se o utilizador se afastar dos dispositivos de rastreamento nas paredes, mas nenhuma outra informação adicional deve ser coletada, segundo Ordan Trabelsi, CEO da companhia responsável pela pulseira SuperCom.
"Ninguém é forçado a fazê-lo, mas, para quem estiver interessado, é outra opção: mais flexibilidade. […] É chamada de 'pulseira da liberdade', pois não estamos prendendo ninguém, mas, sim, dando uma oportunidade de ir para casa", explicou Trabelsi, citado pelo The Jerusalem Post.
No entanto, este projeto está levantando questões no que toca ao direito da privacidade, uma vez que a SuperCom teria, no passado, trabalhado com vários governos pelo mundo a fora, fornecendo serviços de "monitoramento ofensivo".
Deste modo, segundo a AFP, a Justiça de Israel declarou que deveria ser a agência de espionagem Shin Bet a controlar, até certo limite, o rastreamento dos esforços contra a COVID-19, considerando a vigilância (por parte da SuperCom) "draconiana" e uma ameaça para a democracia israelense.