A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, classificou a decisão de Washington como absurda e um ataque hostil que não afetará a política de Moscou.
"Os EUA seguiram o exemplo da União Europeia no início do dia para impor sanções contra a Rússia pela suposta produção de armas biológicas e químicas. A lista inclui 14 organizações e vários indivíduos. A Rússia negou repetidamente todas as alegações dos EUA relacionadas ao caso Navalny, dizendo que os países ocidentais ignoraram os pedidos de Moscou por materiais comprovativos", afirmou.
Zakharova disse que a imposição de sanções é uma provocação deliberadamente arranjada com o alegado "envenenamento" de Navalny.
Segundo ela, "tudo isso é apenas uma desculpa para continuar a interferência aberta em nossos assuntos internos. Não temos a intenção de tolerar isso. Vamos reagir com base no princípio da reciprocidade, não necessariamente simetricamente".
"Pedimos aos nossos colegas para não brincar com fogo", assinalou Zakharova.
EUA aplicam sanções à Rússia
Os EUA anunciaram sanções à Rússia logo após a União Europeia impor a proibição de viagens aos países do bloco e congelamento de ativos de pessoas físicas a pelo menos quatro autoridades russas.
Washington endurecerá as limitações às exportações à Rússia, ao mesmo tempo que incluem em sua lista de sanções nove institutos russos. "As ações que tomamos hoje [2] são uma reação ao envenenamento de Aleksei Navalny em agosto do ano passado", disse uma autoridade do governo norte-americano.