A informação foi publicada nesta terça-feira (2) pelo veículo francês Le Figaro.
"Não posso aceitar ser condenado por algo que não fiz", disse Sarkozy ao jornal, um dia depois de ter sido considerado culpado.
Apesar da condenação, o Tribunal de Justiça de Paris decidiu que dois dos três anos da sentença estão isentos de cumprimento. O terceiro ano da condenação pode ser cumprido em regime domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.
Segundo o ex-presidente francês, seu julgamento foi "crivado de inconsistências" e "não fornece nenhuma prova, mas apenas um pacote de evidências circunstanciais".
Sarkozy, que foi presidente da França entre 2007 e 2012, já havia dito na segunda-feira (1º) que as conclusões do Tribunal eram "totalmente infundadas e injustificadas" e que ele apelaria da decisão.
"Talvez seja necessário levar esta batalha ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Seria doloroso para mim ter meu próprio país condenado, mas estou pronto porque esse seria o preço da democracia", disse Sarkozy.
O Tribunal concluiu que Sarkozy formou um "pacto de corrupção" com seu ex-advogado e amigo Thierry Herzog para subornar o juiz Gilbert Azibert e convencê-lo a compartilhar informações sobre uma investigação legal.
Questionado sobre seu futuro político, em meio a especulações de que a direita francesa poderia vê-lo como um possível candidato nas eleições presidenciais do próximo ano, Sarkozy insistiu: "Eu disse que não serei candidato e mantenho isso".