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Após derramamento de óleo no Mediterrâneo, Israel acusa o Irã de 'eco-terrorismo'

Para a ministra da Saúde, Interior e Proteção Ambiental de Israel, Gila Gamliel, o Irã poluiu intencionalmente o mar Mediterrâneo, causando o maior desastre ambiental da história de Israel.
Sputnik

"Essa poluição têm pessoas que são responsáveis ​​por ela e outras que têm que pagar o preço. Nossa natureza está danificada, nossos animais são prejudicados. Graças aos impiedosos criminosos ambientais", disse Gamliel nesta quarta-feira (3), segundo o Jerusalem Post.

Gamliel explicou que, após uma investigação de duas semanas, autoridades descobriram que o navio que vazou o petróleo bruto era propriedade de uma empresa da Líbia, e navegava do Irã para a Síria.

A investigação revelou que a embarcação saiu do Irã, e desligou em seguida seu sistema de identificação automática (AIS), que transmite sua localização a outros navios da região.

Após derramamento de óleo no Mediterrâneo, Israel acusa o Irã de 'eco-terrorismo'
Posteriormente, a embarcação só religou o AIS ao passar pelo Egito, tendo desligado novamente quando se aproximou da costa de Israel.

A ministra afirma que o navio permaneceu em território marítimo israelense por quase um dia inteiro, derramando grandes quantidades de óleo.

"Agora vemos que o Irã não está apenas aterrorizando [Israel] com [tentativas de obter] armas nucleares e se entrincheirando em nossa região, mas também prejudicando o meio ambiente", disse Gamliel.

"Eles não estão apenas prejudicando Israel. A natureza e os animais não pertencem apenas a uma nação. Esta é uma batalha que ultrapassa as fronteiras", apelou a ministra.

Por fim, Gamliel disse que Israel exigirá compensação do Irã e das seguradoras do navio. "Vamos acertar as contas com os poluidores em nome de todos os israelenses pelos danos à nossa saúde, natureza, animais e visão", prometeu.

A investigação israelense

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA e a Agência Europeia de Segurança Marítima, bem como a empresa israelense de pesquisa marítima Windward, ajudaram o Ministério da Saúde, Interior e Proteção Ambiental de Israel a investigar o derramamento de óleo.

Amostras examinadas mostraram que o derramamento era proveniente de petróleo bruto, o que reduziu drasticamente o número de navios suspeitos de 35 para quatro.

Dois foram encontrados longe demais e outro foi examinado por autoridades locais na Espanha e por investigadores israelenses na Grécia. O quarto é o Emerald - responsável pelo incidente - atualmente no Irã.

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