"Chegou-se a um acordo com a renomada empresa Odebrecht e seus sócios, empresa que é famosa por subornar em vários países e levar presidentes e altos funcionários à prisão por esse procedimento", anunciaram em coletiva de imprensa o presidente André Manuel López Obrador e funcionários do mais alto escalão da empresa.
O governo López Obrador considerou que o contrato original do projeto, a cargo da Braskem-Idesa, subsidiária petroquímica de uma empresa brasileira, era "leonino" (cujos lucros beneficiam apenas um dos sócios, mas os prejuízos afetam a todos).
O presidente disse que essa renegociação faz parte da revisão de contratos firmados por gestões anteriores.
"Consideramos os contratos firmados para que pessoas físicas nacionais e estrangeiras façam bons negócios, sob a proteção do poder público, à custa do Orçamento, que é o dinheiro do povo; eles roubaram todos os mexicanos”, continuou López Obrador.
A Odebrecht concordou em renegociar contratos firmados com subsidiárias da estatal petrolífera para fornecimento de gás etano.
"No caso do México, esta empresa também deu propina, faz parte das investigações que faz o Ministério Público, e nosso propósito tem sido não permitir a corrupção, não permitir a impunidade e recuperar tudo o que for possível. O governo do país evitou apelar aos tribunais internacionais por aquele contrato firmado em 2010, porque não sabemos se esses tribunais internacionais atuam com retidão", explicou o presidente mexicano.
López Obrador destacou que "felizmente este acordo foi fechado, é conveniente para eles, tenho certeza de que continuarão operando com lucros razoáveis”.