A legislação revogaria as autorizações de 1991 e 2002 para o uso da força militar (AUMF, na sigla em ingês), que o Congresso aprovou em relação à Guerra do Golfo e ao ataque militar dos EUA contra o Iraque, respectivamente.
"Os ataques aéreos da semana passada na Síria mostram que o Poder Executivo, independentemente do partido, continuará a estender os seus poderes de guerra", escreveu Kaine em um comunicado.
"As autorizações de 1991 e 2002 para o uso da força militar que apoiaram a Guerra do Golfo e o ataque ao Iraque precisam ser retiradas dos registros para evitar seu uso indevido no futuro. Elas não servem a nenhum propósito operacional e nos mantêm em pé de guerra permanente, minando a soberania do Iraque, um parceiro próximo", sublinhou o senador.
O democrata concluiu que o projeto de lei colocaria um fim formal ao direito dos EUA de executarem quaisquer ações militares na região sob as autorizações concedidas há 30 e 19 anos respectivamente, "reafirmando o papel vital do Congresso não só em declarar guerras, mas [também] em acabar com elas".
O republicano Young afirmou que sobre questões de uso da força militar, o Congresso "vem operando em piloto automático", desde que as autorizações foram aprovadas.
As revogações dos poderes de guerra não afetariam as operações em curso dos EUA contra terroristas, aponta a publicação.
Uma iniciativa legislativa semelhante foi anteriormente introduzida no Senado, mas não recebeu apoio suficiente dos legisladores.
Em 26 de fevereiro, os EUA realizaram ataques aéreos contra Síria, e tinham como alvo instalações supostamente usadas por milícias apoiadas pelo Irã, o que marcou a primeira ação militar ordenada pela administração Biden.
De acordo com Pentágono a tal decisão foi uma resposta aos recentes ataques contra os EUA e as forças de coalizão no Iraque que destruíram "múltiplas instalações".