Inteligência britânica aumenta segurança a pessoas supostamente na mira da Rússia, segundo mídia

Governo de Londres e a agência de inteligência MI5 afirmam que Moscou tem "um interesse bastante ativo" em certas pessoas no Reino Unido, embora indiquem não saber por que razão.
Sputnik

A agência de inteligência britânica MI5 tem aumentado a proteção de segurança oferecida a supostos potenciais "alvos do Kremlin" residentes no Reino Unido após o alegado envenenamento de Sergei e Yulia Skripal em Salisbury em 2018, segundo a emissora Sky News.

A Rússia é acusada por fontes não identificadas, citadas pela mídia, de ter "um interesse bastante ativo" em vários indivíduos no Reino Unido.

Dois oficiais superiores do MI5 teriam avisado, em uma entrevista dada ao canal, que para evitar um potencial ataque "do gênero de Salisbury", algo em que o Kremlin negou qualquer envolvimento, era necessário implementar medidas extras envolvendo a polícia e outras agências.

'Ameaça evolutiva e diversificada'

As duas fontes anônimas afirmaram que a suposta ameaça russa estava "evoluindo e se diversificando em vez de piorar".

"A razão pela qual temos uma compreensão muito desenvolvida das pessoas em risco e as mitigações que descrevi no local é porque sabemos que o Estado russo continua se interessando por pessoas aqui que consideramos em risco", disse o indivíduo apelidado de Tom em podcast, acrescentando que se acreditava que Moscou ainda estava tentando coletar informações sobre as pessoas.

"Com que objetivo? Não é imediatamente aparente, mas não vamos correr nenhum risco de descobrir que a inteligência que eles têm coletado tem sido para algum tipo de ataque físico", afirmou.

Segundo as informações fornecidas pelos dois oficiais, a MI5 está preocupada que Moscou possa estar procurando reconstruir "uma equipe de espiões" em sua embaixada em Londres depois que alguns de seus funcionários foram expulsos após os eventos em Salisbury.

Caso Skripal

Vinte e três funcionários russos foram expulsos do Reino Unido após acusações de que a Rússia teria tentado assassinar Sergei Skripal, um ex-agente duplo, e sua filha Yulia em Salisbury, em 4 de março de 2018. O ataque teria sizo realizado com o agente nervoso Novichok contido em um frasco de perfume. Os Skripal sobreviveram, mas uma mulher local, Dawn Sturgess, foi supostamente exposta ao veneno e morreu.

Embora Londres acredite que a Rússia desempenhou um papel no incidente, Moscou refutou todas as acusações.

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