China vai 'resolutamente' conter a interferência estrangeira em Hong Kong e Macau

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang afirmou que o governo central "permanecerá fiel à letra e ao espírito do princípio de um país, dois sistemas".
Sputnik

A China vai opor-se vigorosamente à interferência estrangeira nos assuntos de Hong Kong e Macau, advertiu o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

China vai "proteger-se resolutamente contra e impedir a interferência de forças externas nos assuntos de Hong Kong e Macau", disse Li nesta sexta-feira (5) durante a abertura da quarta sessão do XIII Congresso Nacional do Povo (NPC, na sigla em inglês), citado pela emissora RTHK.

O primeiro-ministro enfatizou ainda que o governo central "permanecerá fiel à letra e ao espírito do princípio de um país, dois sistemas", e que os habitantes de Hong Kong continuarão a governar sua região com alto grau de autonomia.

China vai 'resolutamente' conter a interferência estrangeira em Hong Kong e Macau

Durante o seu discurso, Li mencionou a necessidade de "melhorias" em Hong Kong e Macau para garantir o cumprimento da Constituição chinesa, as leis básicas das duas regiões administrativas especiais e a segurança nacional, mas não entrou em detalhes.

Com relação a Taiwan, o líder reafirmou o princípio de uma só China, dizendo que Pequim "permanecerá muito vigilante e deterá resolutamente qualquer ativista separatista que busque a 'independência de Taiwan'".

Sistema eleitoral em Hong Kong

O Parlamento da China está tratando de uma reforma do sistema eleitoral na ex-colônia britânica, que deve resultar na marginalização dos candidatos da oposição pró-democracia.

Um comitê eleitoral controlado por Pequim em Hong Kong teria a tarefa de "eleger uma grande proporção de membros do Conselho Legislativo e participar diretamente na indicação de todos os membros do Conselho Legislativo", afirmou Wang Chen, vice-presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, durante a abertura do NPC nesta sexta-feira (5).

O NPC é a reunião anual que normalmente acontece no início de março com cerca de três mil delegados de toda a China, representando províncias, regiões autônomas e as regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.

A reunião do NPC ocorre paralelamente à Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), uma reunião do mais poderoso órgão consultivo político do país.

Comentar