Notícias do Brasil

Guedes diz que Bolsonaro não deixou claro problema da vacinação por 'infelicidade'

Ao comentar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, que cria um novo auxílio, o ministro associou a recuperação econômica ao processo de imunização da população.
Sputnik

Nesta sexta-feira (5), o ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou amenizar o discurso do presidente Jair Bolsonaro sobre o processo de vacinação no país. Segundo ele, o mandatário pode não ter deixado clara sua preocupação com a saúde e a imunização da população por "infelicidade".

"Nós não podemos deixar a economia se desorganizar, é muito importante isso. Essa mensagem que o tempo inteiro o presidente tem tentado passar também que, talvez, por infelicidade, não deixou claro o problema da saúde, da vacinação em massa", declarou Guedes, conforme publicado pelo Estadão.

A entrevista dada à imprensa foi sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, que autoriza uma nova rodada do auxílio, mas o tema das vacinas, inevitavelmente, acabou surgindo. O texto, aprovado pelo Senado na última quinta-feira (4), deve ser analisado pela Câmara na semana que vem.

"Mas a agonia dele [Bolsonaro] com a economia é a seguinte: se você der o auxílio, chegar lá, a prateleira estiver vazia, todo mundo com dinheiro na mão, a inflação, falta de alimentos… Então temos que manter os sinais vitais da economia funcionando, como fizemos no passado", afirmou o ministro.
Guedes diz que Bolsonaro não deixou claro problema da vacinação por 'infelicidade'

Na quinta-feira (4), Bolsonaro criticou aqueles que têm cobrado que o governo federal compre vacinas contra a COVID-19.

"Tem idiota nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe! Não tem para vender no mundo!", disse o presidente a apoiadores em Uberlândia (MG).

Ao falar sobre o agravamento da pandemia, Guedes defendeu a imunização para ajudar na recuperação econômica diante de uma "tragédia que voltou a nos atingir".

"Isso é a coisa mais importante que nós temos agora. O presidente sempre falou, a economia e a saúde andam juntas. Então, é a vacinação em massa, se não a economia não sustenta, ela volta a cair ali na frente", disse o ministro.
Comentar