Em resposta às contínuas tentativas de Washington de forçar Teerã a renegociar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), ou acordo nuclear de 2015, Mohammad Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, sugeriu que a Carta da ONU fosse renegociada também, incluindo a remoção do poder de veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Zarif criticou o posicionamento dos EUA sobre o acordo nuclear, dizendo em um tweet na quinta-feira (4) que o acordo "não pode ser renegociado: ponto final".
JCPOA não pode ser renegociado: ponto final.
Se 2021 não é 2015, também não é 1945. Por isso, vamos mudar a Carta das Nações Unidas e remover o veto tão frequentemente abusado pelos EUA.
Vamos parar de posar, o que ambos fizemos de 2003-2012 em vão, e começar a implementar o JCPOA, que ambos assinamos.
Reino Unido, França e Alemanha afirmaram na quinta-feira (4) que rejeitariam emitir uma condenação ao Irã por limitar as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), uma decisão que Edward Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, aprovou no mesmo dia.
Acordo nuclear
Os EUA são um dos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a única parte da ONU com autoridade para emitir resoluções vinculativas para outras nações, tendo o poder de veto em conjunto com o Reino Unido, a França, a China e a Rússia.
Os cinco membros permanentes do CSNU, mais a Alemanha, a União Europeia e o Irã, formaram juntos o JCPOA em 2015. Embora não seja um tratado vinculante, o acordo viu a redução das sanções internacionais contra o Irã em troca de sua aceitação de limites rigorosos sobre a qualidade e quantidade de urânio que poderia refinar.
No entanto, em 2018, Donald Trump, então presidente dos EUA, retirou seu país do acordo, alegando que Teerã o violou, e impôs novas sanções ao Irã, levando a nação persa a retirar gradualmente suas obrigações com o JCPOA.