A reunião, que ocorreu na cidade sagrada de Najaf no segundo dia da histórica visita de quatro dias do pontífice ao Iraque, durou cerca de 45 minutos.
"O Santo Padre destacou a importância da colaboração e da amizade entre as comunidades religiosas para que, cultivando o respeito mútuo e o diálogo, se possa contribuir para o bem do Iraque, da região, de toda a humanidade", disse o Escritório de Imprensa da Santa Sé em comunicado, citado pelo site Vatican News.
A nota acrescentou que, durante a visita de cortesia à casa do aiatolá de 90 anos, o papa Francisco agradeceu a Sistani por defender os "mais vulneráveis" no Iraque.
“Ao despedir-se do Grande Aiatolá, o Santo Padre reiterou sua oração para que Deus, o Criador de tudo, conceda um futuro de paz e fraternidade à querida terra do Iraque, ao Oriente Médio e a todo o mundo", acrescentou o texto.
Sistani, por sua vez, agradeceu ao Papa a sua visita a Najaf e desejou a ele, e a todos os católicos do mundo, felicidade e prosperidade. O aiatolá também enfatizou a importância de garantir a segurança e a proteção dos direitos constitucionais para os cristãos que vivem no Iraque.
Vídeo do encontro entre o papa Francisco e o grande aiatolá Ali al-Sistani hoje [6] em Najaf.
O pontífice de 84 anos chegou ontem (5) ao Iraque para uma viagem histórica, a primeira desde que o mundo entrou no confinamento da COVID-19 no ano passado. O pontífice foi recebido em Bagdá pelo primeiro-ministro iraquiano e conduzido pelas ruas adornadas com as bandeiras do Vaticano. O papa Francisco já manteve conversas "tête-à-tête" com clérigos muçulmanos no passado, durante visitas a países como Marrocos e Emirados Árabes Unidos.