"Em 26 de fevereiro foi lançado o primeiro lote, o chamado lote de validação [de vacinas Sputnik V] — 15 mil ampolas, que agora estão sendo examinadas no Instituto Russo Gamaleya para estabilidade, eficácia e assim por diante. E a partir de 30 ou 31 de março, nós [Bielorrússia] já começaremos a produzir a vacina e está planejado que [...] 500 mil doses por mês [serão produzidas]", disse Cherednichenko à emissora ONT em entrevista, transmitida neste domingo (7).
Segundo o vice-ministro de Saúde bielorrusso, em 2020, o mercado de medicamentos da Bielorrússia foi estimado em US$ 900 milhões (R$ 5,1 trilhões), metade dos quais recai sobre a participação dos fabricantes nacionais. A presença de uma produção farmacêutica própria permitiu ao sistema nacional de saúde enfrentar com sucesso os desafios da primeira e da segunda onda da COVID-19.
Bielorrússia lançará produção industrial da Sputnik V este mês
© AP Photo / Julia Borodun
"A própria existência de uma indústria farmacêutica própria já é um fator, incluindo a segurança nacional. O principal requisito para os medicamentos é que sejam eficazes e de alta qualidade. Temos novos medicamentos quase todos os dias. US$ 157 milhões [R$ 892,7 milhões] foram exportados em 2020. Exportamos produtos para 31 países do mundo, desde países vizinhos a América do Norte e do Sul, países árabes. É muito difícil entrar no mercado farmacêutico de outro país, de outro continente, tanto o fator tempo quanto o financeiro desempenham um papel aqui, mas vale a pena", disse Cherednichenko.
Na entrevista, Cherednichenko ainda declarou que no objetivo da vacinação em massa, as empresas farmacêuticas se viram em uma competição acirrada. "Muitos meios de comunicação já apelidaram a crescente corrida de desenvolvedores de 'guerra da vacina'. Nessa 'guerra', a Bielorrússia assume uma posição neutra, de olho na medicina baseada em evidências", finalizou.