O papa Francisco dirigiu-se aos cristãos que saíram da cidade iraquiana de Mossul, informou no domingo (7) a agência iraquiana INA.
"A diminuição do número de cristãos no Oriente Médio é uma grande perda", disse o papa, apelando aos cristãos para que retornem a Mossul. O chefe da Igreja Católica pediu orações por aqueles que morreram vítimas do terrorismo, observando que Mossul é o lar de "dois símbolos que nos aproximam de Deus", e que a propagação do mal levou a um afastamento dos valores divinos.
O Sumo Pontífice chegou ao Iraque na sexta-feira (5), em visita oficial de quatro dias, considerada histórica. O papa Francisco se reuniu no sábado (6) de manhã com o líder espiritual xiita iraquiano aiatolá Ali al-Sistani em Najaf, 160 quilômetros a sul de Bagdá.
De acordo com o Departamento de Relações Externas do Patriarcado de Moscou, desde 2014 todos os 45 templos cristãos em Mossul foram destruídos, saqueados ou transformados em mesquitas.
Após a captura de Mossul no início de junho de 2014, o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) declarou o estabelecimento de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria, exigindo que os cristãos deixassem Mossul ou se convertessem ao islamismo. Na época, mais de 180.000 cristãos em Mossul e Qaraqosh foram forçados a deixar suas casas.