Segundo autor, a estratégia da administração do presidente dos EUA Joe Biden deve começar com uma compreensão do comportamento da Rússia.
"Se a administração pretende elaborar uma política sábia e mais estratégica em relação à Rússia, ela deve encarar a atitude e o comportamento da Rússia tal como eles são, e não presumir que eles nascem de algum declínio estrutural ou alguma outra premissa defeituosa. Entender a Rússia não significa aceitá-la, mas, sim, encará-la tal como ela é e não como Washington desejaria que fosse", escreve Huminski.
De acordo com Huminski, os sucessos da Rússia nos últimos anos merecem atenção, incluindo a política externa de Moscou e o trabalho dos serviços especiais russos.
"De fato, se avaliarmos Moscou pelos padrões de poder de Washington, isso levaria à tomada de más decisões e ao risco de erros de cálculo. Se ignorarmos alegremente os interesses internos e globais da Rússia, seremos ultrapassados e superados em todas as direções", afirmou.
Huminski acredita ser essencial que Estados Unidos evitem o uso de expressões do tipo "guerra híbrida" e outras expressões que estão na moda para descrever as ações russas na política externa e de segurança.
Especialista notou utilidade dos debates, mas os seus participantes estão fixados em ações russas sem pensar sobre as razões para tal comportamento.
Além disso, o êxito do uso da força por parte da Rússia merece mais atenção e reflexão das suas capacidades. Todas as suas ações recentes produziram resultados, e o país não mostra sinais de fraqueza.
Por fim, o autor do artigo se lembrou de uma frase que é muitas vezes atribuída a Winston Churchill: "Rússia nunca é tão forte como se parece. Rússia nunca é tão fraca como se parece."