O adiamento é para o juiz verificar uma ordem de última hora de um tribunal superior para reconsiderar o acréscimo de uma acusação de homicídio adicional, segundo noticiou a Reuters.
O processo estava programado para começar na manhã de hoje (8) para o julgamento de Chauvin, mas o juiz Peter Cahill adiou até pelo menos terça-feira (9) o início do procedimento.
O julgamento para avaliar as acusações de homicídio está sendo visto como um referendo sobre a violência policial contra os negros americanos.
Cahill, juiz do tribunal distrital do condado de Hennepin, reservou três semanas para a escolha do júri, ciente das dificuldades para encontrar cidadãos imparciais, em um caso que causou comoção no país e no qual uma imagem da vítima — uma foto de Floyd sorrindo — tornou-se um ícone internacional de justiça racial.
Eric Nelson, o principal advogado de Chauvin, disse ao tribunal na manhã desta segunda-feira (8) que seu cliente em breve pediria à Suprema Corte de Minnesota que anulasse a ordem do outro tribunal, um processo que pode levar semanas. Os promotores do gabinete do procurador-geral de Minnesota pediram ao tribunal para adiar a seleção do júri até que a questão fosse resolvida.
"Não estamos fazendo isso para interferir, para desacelerar, mas é um assunto muito importante", disse Matthew Frank, procurador-geral assistente, ao tribunal. Os promotores temem que a escolha de um júri quando o número de acusações ainda não foi resolvido possa tornar mais fácil para Chauvin apelar de um veredicto mais tarde, disse Frank.