Notícias do Brasil

Doria admite novo cenário eleitoral com Lula e pede união de outras forças

O governador de São Paulo, que já demonstrou que pretende concorrer às eleições presidenciais em 2022, acredita que polarização favorece Lula e Bolsonaro.
Sputnik

O governador de São Paulo, João Doria, admitiu, nesta terça-feira (9), que o cenário eleitoral para 2022 passa a ter nova configuração após a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular todas as condenações do ex-presidente Lula na Lava Jato.

Fachin determinou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, cujo titular era o ex-juiz federal Sergio Moro, não tinha competência para julgar as investigações contra o ex-presidente e enviou todos os processos para Brasília. Com isso, Lula recuperou seus direitos políticos e volta a ser elegível.

"A medida do Supremo traz um impacto muito grande no mundo da política, mas é preciso saber se o presidente Lula tem disposição. Se ele confirmar que será candidato em 2022, então o cenário político para a sucessão presidencial muda", disse Doria em entrevista ao Estadão.
Doria admite novo cenário eleitoral com Lula e pede união de outras forças

Para o tucano, apesar do potencial de votos do atual presidente Jair Bolsonaro e de Lula, que governou o Brasil de 2003 a 2010, outros candidatos continuarão com chances de se eleger se "tiverem juízo".

O governador, que já demonstrou diversas vezes o desejo de concorrer ao cargo máximo da República em 2022, acredita que outras forças precisarão ter "capacidade de dialogar, formular um programa econômico e social para o Brasil e escolher um candidato que seja competitivo para disputar a eleição".

O tucano afirmou ainda que a polarização entre Lula e Bolsonaro "favorece os extremistas que destroem o País".

"Já destruíram uma vez e estão completando o serviço com Bolsonaro. Portanto vejo como um impacto positivo para o centro democrático estar unido na defesa de um programa de governo que salve o Brasil dos extremistas", declarou.

O governador paulista não descarta ainda a possibilidade de o PSDB apoiar outro nome na disputa presidencial do ano que vem.

"Nada deve ser excluído. Uma aliança pelo Brasil não pode estabelecer prerrogativas de nomes", disse.
Comentar