De acordo com a juíza italiana Francesca Vitale, Robinho e "seus cúmplices" manifestaram "um particular desprezo pela vítima, que foi brutalmente humilhada".
A corte alegou ainda que a jovem vítima da violência estava embriagada "a ponto de ficar inconsciente" e teve relações sexuais quando não era capaz de decidir por si própria ou resistir.
"O fato é extremamente grave pela modalidade, número de pessoas envolvidas e o particular desprezo manifestado no confronto da vítima, que foi brutalmente humilhada e usada para o próprio prazer pessoal", escreveu a magistrada, segundo o UOL.
Vitale escreveu ainda que houve uma tentativa de "enganar as investigações" e que Robinho e os outros acusados teriam oferecido "aos investigadores uma versão dos fatos falsa e previamente combinada".
O texto divulgado nesta terça-feira (9) pela Corte de Apelação de Milão se refere à sentença de condenação em segunda instância de Robinho a nove anos de prisão por violência sexual em grupo. O prazo para a publicação do texto se encerraria nesta quarta-feira (10).
A condenação do jogador brasileiro saiu ainda em 2017, e foi confirmada pela Justiça italiana em dezembro de 2020. Segundo as leis da Itália, Robinho poderia ter sido preso após a condenação já em primeira instância, mas a Justiça italiana ainda não expediu mandado de detenção contra o atleta.
A partir de agora, a defesa de Robinho deve apresentar recurso na Corte de Cassação, a terceira instância da Justiça italiana. Os advogados do jogador, que já disseram que vão recorrer, têm 45 dias para apresentar o recurso à Justiça.