O especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da agência, Raphael Sanches, explicou que a empresa produtora do Remdesivir entrou com pedido de registro no Brasil em 6 de agosto.
"Isso [registro do medicamento] é fruto de uma eficácia, segurança e qualidade apresentadas", afirmou Gustavo Mendes, gerente da Anvisa.
A FDA (Food and Drug Administration, na sigla em inglês), agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, liberou o uso do antiviral Remdesivir para casos moderados e graves de COVID-19 em 22 de outubro de 2020.
O Remdesivir é um medicamento intravenoso que age impedindo a replicação viral.
Um grande estudo global de medicamentos potenciais para tratar COVID-19, patrocinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), constatou que quatro antivirais usados no tratamento são ineficazes. Entre eles, estão a hidroxicloroquina e o Remdesivir.
O estudo realizado pela Solidarity Therapeutics Trial analisou dados em mais de 30 países e em 405 hospitais, sendo considerado o maior até o momento com essas drogas.
O medicamento é utilizado maneira emergencial nos Estados Unidos desde novembro. Por lá, ele é usado em adultos e crianças a partir de 12 anos e pesando mais de 40 quilos, que estejam hospitalizadas, mas só pode ser administrado por via injetável em um centro médico ou meio equivalente.
Mais uma vacina aprovada
A agência brasileira também concedeu o registro definitivo à vacina da AstraZeneca/Oxford, o segundo imunizante a obtê-lo no país, escreve o portal G1.
"A vacina já vinha sendo utilizada pelo uso emergencial no Brasil, mas que agora vai ser registrada aqui na agência com uma etapa de fabricação aqui no Brasil. O que a gente acredita que representa maior autonomia, maior acesso à vacina", disse o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, Gustavo Mendes.
Antes, apenas Pfizer havia conseguido este registro. Vale lembrar, porém, que a Pfizer não tem acordo com o governo ou distribuição no Brasil.