A pesquisa, publicada no periódico acadêmico New England Journal of Medicine, analisou 110 participantes de um teste clínico, sendo que um grupo já havia tido diagnóstico positivo de COVID-19 e outro que ainda não havia sido contaminado.
Os dados recolhidos apontaram que os participantes que já haviam tido COVID-19 desenvolveram mais rapidamente anticorpos com apenas uma dose. Já o grupo dos que nunca haviam se contaminado com a doença tiveram baixa resposta na criação de anticorpos até o 12º dia depois da vacinação.
"Nós descobrimos que uma dose das vacinas gerou rápida resposta em participantes soropositivos [do novo coronavírus], com níveis de anticorpos similares ou superiores a participantes soronegativos que receberam duas doses. Mas se uma dose destas vacinas provê proteção efetiva em soropositivos ainda requer investigação", afirmaram os pesquisadores.
O desempenho dos previamente infectados foi superior também ao de pessoas que receberam duas doses das vacinas adotadas na pesquisa. O estudo foi submetido ao periódico em 10 de março na forma de carta e não como artigo revisado.
Sobre efeitos colaterais, a pesquisa concluiu que a ocorrência de efeitos adversos em pacientes que já tinham tido a COVID-19 é maior do que no grupo que nunca havia sido contaminado, mas que em nenhum dos grupos houve eventos adversos que levassem à hospitalização.