Os manifestantes também expressaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro, que é contra a restrição à circulação e ao comércio, e repúdio a governadores e prefeitos.
O isolamento é recomendado por especialistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a rápida circulação do coronavírus. Nas últimas semanas, com o aumento de casos e mortes pela COVID-19 no país, que provocou lotação de hospitais, diversas cidades e estados voltaram a adotar medidas mais rígidas de isolamento.
Em São Paulo, a manifestação ocorreu próximo ao Parque do Ibirapuera. Em carreatas, os manifestantes exibiam camisas e bandeiras do Brasil, faixas contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e cartazes pedindo uma intervenção militar. O estado implementou um toque de recolher das 23h às 5h, com suspensão de serviços não essenciais.
No Rio de Janeiro, centenas de pessoas se reuniram na orla da Avenida Atlântica, em Copacabana, em torno de um trio elétrico. Os manifestantes expressaram apoio ao presidente e críticas às medidas de restrição. Também havia faixas contrárias ao STF (Supremo Tribunal Federal) e bonecos do ex-presidente Lula (PT) vestido de presidiário.
Em Brasília, houve concentração na Esplanada dos Ministérios. Uma faixa no local pedia intervenção militar.
Outras capitais e grandes cidades brasileiras também registraram protestos semelhantes, como Salvador, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, São José dos Campos e Campinas. Os governadores foram um dos principais alvos dos manifestantes. Muitos dos presentes não usavam máscaras e não adotaram o distanciamento social recomendado.