Além disso, a médica afirmou que o uso da cloroquina no tratamento de COVID-19 "coloca a vida das pessoas em risco".
Segundo alguns meios de comunicação, Pazuello pediu demissão do cargo neste domingo (14). O presidente Jair Bolsonaro já teria se reunido com Hajjar para conversar sobre a possibilidade de ela assumir o cargo.
Ministério não confirma saída
Apesar disso, a posição oficial do Ministério da Saúde é de que, até o momento, o general Eduardo Pazuello ainda permanece à frente da pasta.
"O Ministério da Saúde informa que até o presente momento o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da Pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil", afirmou a pasta, segundo o portal UOL.
Críticas de cardiologista
No dia 7 de março, em entrevista para o jornal Opção, de Goiás, Ludhmila Hajjar afirmou que "não era nunca" para o Brasil registrar um aumento do número de casos e mortos pela COVID-19 como está ocorrendo. Segundo ela, era para o país ter "cinco ou seis vacinas disponíveis".
"Não era nunca para estarmos em crescimento do número de doentes mortos, sendo que o mundo todo demonstra uma queda. O Brasil está fazendo tudo errado e está pagando um preço por isso. Hoje temos um número muito pequeno da população vacinada. Isso tudo tem um resultado hoje catastrófico, que estamos, infelizmente, assistindo no nosso dia a dia. O Brasil já deveria estar hoje com cinco ou seis vacinas disponíveis", disse Ludhmila.
Tratamento precoce
Sobre o tratamento precoce, que é defendido pelo presidente, ela afirmou que remédios como a cloroquina são um risco para a saúde.
"Sabemos que cloroquina não funciona há muitos meses, que azitromicina não funciona há muitos meses, que ivermectina não funciona há muitos meses. Mas ainda tem esses kits por aí. Tem conselhos que defendem. Tem conselhos que não negam. É uma conjunção de fatores – o não conhecimento e a não adoção de práticas baseadas em evidências científicas – que só coloca a vida das pessoas em risco", ponderou.