O relatório do Conselho Nacional de Inteligência (NIC, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira (16) afirma que a Rússia tentou impedir a vitória de Joe Biden, apoiando a reeleição de Donald Trump, bem como "agravar as divisões políticas" na sociedade norte-americana.
Além disso, entre os países e forças que alegadamente desejavam influenciar a votação, foram nomeados o Irã, o movimento Hezbollah e Cuba. O documento também anunciou novas sanções contra a Rússia.
De acordo com a missão diplomática, as conclusões do relatório de que a Rússia teria conduzido "operações de influência" nos Estados Unidos "são apoiadas exclusivamente pela confiança da comunidade de inteligência na validade dessas conclusões".
"Não foram apresentados quaisquer fatos ou evidências concretas destas alegações", diz a declaração da Embaixada da Rússia, publicada no Facebook.
Os diplomatas destacaram que esta nova acusação dos EUA não contribui para a normalização das relações bilaterais e é inconsistente com a proposta da Rússia de "diálogo de especialistas em pé de igualdade e respeito mútuo para encontrar soluções para as questões mais urgentes".
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, anteriormente não respondeu quando seriam impostas novas sanções contra a Rússia. De acordo com a CNN, a Casa Branca pode dar tal passo já na próxima semana.
As eleições presidenciais dos EUA aconteceram em 3 de novembro de 2020. O vencedor da corrida presidencial, Joe Biden, conseguiu 306 votos do colégio eleitoral contra 232 do republicano Donald Trump. Trump acusou repetidamente seus rivais de tentativas de "roubar a eleição". O advogado do presidente, Rudy Giuliani, observou que as irregularidades na votação eram de natureza sistêmica.
Esta não é a primeira vez que os Estados Unidos fazem acusações relacionadas com "intromissões" nas suas eleições. A Rússia negou repetidamente tais alegações no passado.