EUA e Japão rotulam comportamento da China de 'inconsistente com ordem internacional existente'

Nesta quarta-feira (17), Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, afirmou que a China estava agindo agressiva e repressivamente, citando as ações chinesas nos mares da China Oriental e do Sul da China, onde há disputas com Japão, como exemplo.
Sputnik

Falando com jornalistas japoneses em Tóquio, Blinken afirmou que o gigante asiático está "aumentando as tensões em vez de as diminuir" na região, devido às suas atividades marítimas e sua postura em relação a Taiwan, segundo a agência Reuters.

Na perspectiva de Blinken, Pequim estava "agindo mais repressivamente em casa, e mais agressivamente no exterior, incluindo no mar da China Oriental e no que diz respeito às ilhas Senkaku [referidas pela China como ilhas Diaoyu], bem como no mar do Sul da China e no que toca a Taiwan", citado pela mídia.

As pretensões territoriais chinesas têm se tornado um assunto prioritário nas relações sino-americanas, e de igual modo um assunto securitário muito importante para o Japão, principal aliado dos EUA na região.

"O Japão tem um profundo interesse no que se passa em Taiwan e no estreito de Taiwan, e nós passamos algum tempo comparando notas sobre o assunto", comentou Biden, referindo-se às conversações com as autoridades japonesas na terça-feira (16), citado pela Reuters.

No encontro em Tóquio, EUA e Japão voltaram a jurar trabalhar juntos em sua linha de defesa contra China, afirmando estar prontos para agir se Pequim continuar com comportamentos desestabilizadores da paz e segurança regionais, informa a agência Anadolu.

Em comunicado conjunto, ambas as nações aliadas apontaram que "o comportamento da China foi inconsistente com a ordem internacional existente, [e] apresenta desafios políticos, econômicos, militares e tecnológicos à Aliança e à comunidade internacional", citadas pela mídia turca.

Perante as ameaças advindas do gigante asiático no campo de disputas territoriais entre a China e o Japão, Washington voltou a reafirmar o seu compromisso em assegurar a defesa do Japão sob o Artigo 5 do Tratado de Segurança Japão-EUA, que obriga Washington a intervir caso o território japonês esteja sob ataque militar, incluindo suas ilhas.

Nesta semana, é esperado um encontro entre oficiais norte-americanos e chineses no estado americano do Alasca. No encontro, Blinken espera conseguir tornar os termos dos EUA alusivos às ações tomadas por Pequim aos seus hóspedes asiáticos.
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