Japão é 'apêndice estratégico dos EUA', diz Pequim após declaração conjunta de Tóquio e Washington

China rebate afirmações proferidas pelos dois países e condena as 24 novas sanções aplicadas pelos EUA em autoridades de Hong Kong.
Sputnik

Nesta quarta-feira (17), durante coletiva de imprensa, o Ministério das Relações Exteriores da China respondeu a declaração conjunta feita pelos Estados Unidos e o Japão, na qual os países afirmam que o comportamento de Pequim é "inconsistente com a ordem internacional existente".

Em resposta, o Ministério chinês afirmou que o Japão "depende do prazer dos EUA", segundo a agência Anadolu.

"A declaração conjunta do Japão com os Estados Unidos visando a China mostrou que ele [o Japão] estava disposto a depender do prazer dos EUA para seus propósitos egoístas e rebaixou o Japão como o apêndice estratégico norte-americano", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, citado pela mídia.

A afirmação EUA-Japão veio após uma reunião do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e do secretário de Defesa, Lloyd Austin, com autoridades japonesas em Tóquio na terça-feira (16). Os dois países prometeram manter linha-dura contra as ações chinesas que denominaram como "ameaças à paz e segurança regional".

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Na mesma coletiva, o governo chinês também criticou os EUA pela imposição de 24 novas sanções em autoridades de Hong Kong, afirmando que "a China se opõe firmemente e condena veementemente as sanções dos EUA".

Entre os indivíduos sancionados encontram-se 14 vice-presidentes do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo e funcionários da Divisão de Segurança Nacional da Polícia de Hong Kong e do Gabinete de Segurança Nacional, segundo a mídia.

"Esta ação mina ainda mais o alto grau de autonomia prometido ao povo em Hong Kong e nega aos habitantes uma voz em sua própria governança [...]", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

No entanto, Zhao Lijian enfatizou que Pequim ainda tem esperança de um reinício nos laços diplomáticos com os Estados Unidos.

"A China também deixará clara sua posição na reunião do Alasca. Esperançosamente, ambos os lados podem se encontrar no meio do caminho e empurrar os laços bilaterais de volta ao caminho do desenvolvimento saudável e estável", disse o porta-voz do Ministério chinês.

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