A falta de orientações do Ministério da Saúde obriga hospitais e sociedades médicas a recorrerem a protocolos de entidades internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo Queiroga, os procedimentos serão consolidados para todo o país, com objetivo de "garantir um atendimento mais pronto ao paciente, mais rápido, para evitar que a doença progrida".
"Vamos trabalhar para conseguir homogeneizar a conduta assistencial no país como um todo. Por exemplo, as nossas UTIs, temos que ter protocolos uniformizados de assistência, nós temos que transferir a expertise dos grandes centros para as unidades de terapia intensiva que estão nas cidades mais distantes, dos estados menores", disse o ministro em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (17), segundo publicado pelo portal G1.
Cloroquina 'é coisa do passado'
Na segunda-feira (15), ao recusar convite para comandar a pasta, a médica Ludhmila Hajjar disse que o governo deveria orientar as equipes médicas sobre como tratar de pacientes com coronavírus, criando uma uma "referência nacional de protocolo".
"Nós estamos discutindo azitromicina, ivermectina, cloroquina. É coisa do passado. A ciência já deu essa resposta. Cadê um protocolo de tratamento? Perdeu-se muito tempo na discussão de medicamentos que não funcionam", disse Hajjar em entrevista à GloboNews.
Marcelo Queiroga, por sua vez, justificou a falta de protocolos pelo fato da COVID-19 ser uma doença nova. No site do ministério, há apenas notas técnicas gerais, mas não existe uma política nacional. Entre as recomendações da pasta está, inclusive, a administração de azitromicina e cloroquina para tratamento da COVID-19, remédios que não têm eficácia comprovada contra a doença.
"Estamos diante de uma doença nova. Quando começou esses casos, nós não tínhamos esse conhecimento", afirmou o ministro.