Em uma mesa-redonda no Conselho da Federação da Rússia, o general do Exército Yuri Baluevsky, que já comandou o Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, disse que recentemente bombardeiros B-52 dos EUA em treinamentos no espaço aéreo ucraniano "praticaram uma simulação de ataques com armas nucleares".
"Hoje, ontem e amanhã, as capacidades das tropas e forças na Crimeia permitem analisar, monitorar e executar ações preliminares de verificação, prevenção e, se necessário, supressão destas ações", ressaltou Baluevsky.
Segundo o general Baluevsky, a Crimeia é o controle superficial, subaquático e aéreo da situação. "É também o controle do acesso de embarcações e navios estrangeiros ao mar de Azov. É também a conservação da nossa rota marítima mais curta para a Marinha da Rússia em uma região estrategicamente importante – o Mediterrâneo", acrescentou.
"Para nós, a Crimeia é a cabeça de ponte da defesa das fronteiras do sul, e claramente nos permite aperfeiçoar a nossa infraestrutura de defesa nesta área", concluiu Baluevsky.
Vale ressaltar que no ano passado dois bombardeiros estratégicos B-52H capazes de carregar e lançar bombas atômicas se aproximaram da Crimeia a partir do território da Ucrânia, sobrevoando a região a apenas 25 quilômetros da península russa.