A equipe, formada por especialistas da OMS e da China, deverá emitir um comunicado em relação às implicações políticas do mesmo, na próxima semana, após visitas a Wuhan em janeiro e fevereiro de 2021 com o objetivo de obter respostas às questões de transparência por parte da China, informa o tabloide Daily Mail.
O relatório final ainda não está pronto, mas Liang Wannian, chefe da ala chinesa da equipe, disse à mídia estatal que a teoria de que o vírus teria vazado de um laboratório foi categorizada como "extremamente improvável". Esta teoria teria sido bastante alimentada em Washington e entre alguns dos aliados dos EUA, durante a presidência de Donald Trump. Contudo, por agora, o cientista afirmou que a mesma não deverá vir a ser mais investigada, a não ser que apareçam novas evidências.
Liang também acrescenta que a decisão de irrelevância da teoria é "consenso" entre os especialistas chineses e da OMS, e negou a existência de atrasos por motivos de discórdia entre os cientistas envolvidos na investigação.
"Queremos apresentar um relatório científico completo e rigoroso a nível máximo, por isso este processo leva mais tempo [...]. É difícil esperar que 30 cientistas de ambos os lados deem respostas claras a todas as questões em apenas um mês", explicou Liang em uma entrevista ao Global Times.
O cientista chinês conta que os especialistas visitaram o instituto de virologia, mantendo "profunda comunicação" com os funcionários do laboratório. No final, a equipe de cientistas teria concordado ser "extremamente improvável que o vírus tenha vazado do laboratório", citado pela mídia britânica.
Uma vez publicado, o esperado relatório deverá examinar um leque de teorias sobre como o coronavírus passa de animais para humanos, continuando morcegos como principais suspeitos.