Em entrevista ao portal Nation News, o militar russo disse que atualmente o referido míssil é apenas um protótipo e não está totalmente pronto.
De acordo com ele, o sistema de defesa antiaérea, antimíssil e aeroespacial da Rússia supõe uma destruição de 100 % dos alvos em altitudes elevadas e médias. Além disso, Moscou não é um ponto pequeno, seu diâmetro é de 60 quilômetros.
"A fim de romper o sistema de defesa antiaérea e de antimísseis a partir da fronteira russa até Moscou este míssil precisa criar interferências e realizar uma manobra evasiva", opina Khatylev.
O sistema de defesa de mísseis russo rastreia mísseis em poucos segundos depois de seu lançamento. Imediatamente a seguir será dada uma resposta da Marinha da Rússia, bem como das forças de serviço nos aeródromos.
"Também podem disparar sistemas de defesa antimíssil S-400, S-300PM e outros", acrescentou especialista.
Por sua vez, Viktor Murakhovsky, especialista em assuntos militares e editor-chefe da revista Arsenal Otechestva, disse que os EUA apenas possuem uma maquete de míssil.
"Os americanos ainda não têm um produto completo, trata-se de um lançamento de teste de uma maquete com massa e dimensões [correspondentes] que deve ajudar a testar as questões do lançamento e funcionamento na trajetória", avança portal russo RBK.
Ele também observou que as autoridades dos EUA tinham várias vezes anunciado seus planos para começar os testes, mas o prazo previsto era sempre adiado.
Recentemente, o jornal britânico Daily Express informou que os EUA estão se preparando para demonstrar as capacidades de um novo míssil hipersônico capaz de alcançar Moscou "em menos de 20 minutos" e Pequim "em meia hora".
O míssil hipersônico norte-americano é alegadamente capaz de atingir velocidades de Mach 20 (24.622 km/h), rápido demais para ser detectado e interceptado pela grande maioria dos sistemas de defesa aérea.
Contudo, nem todos os testes obtiveram sucesso. Por exemplo, no teste realizado em junho, um míssil hipersônico caiu de um B-52 durante o voo.
Os EUA estão atrasados na corrida internacional às armas hipersônicas, uma vez que tanto a Rússia como a China já desenvolveram e colocaram em campo armas hipersônicas nos últimos anos.