Mohammad Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, atacou no Twitter os signatários europeus do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), o Reino Unido, França e Alemanha, coletivamente conhecidos como E3, por se preocuparem com as atividades nucleares do Irã e ignorarem ao mesmo tempo um possível arsenal nuclear de Israel.
E3 exorta o Irã a "agir com responsabilidade" para apaziguar um regime terrorista com bombas nucleares ilícitas.
Prova da verdade: o JCPOA está vivo SOMENTE por causa da conduta responsável do Irã.
Em vez de coordenar com o inimigo nº 1 do JCPOA, a UE/E3 e os EUA devem agir com responsabilidade e cumprir a Resolução 2231 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O diplomata se referia a uma resolução de 2015, que endossa o acordo nuclear.
Emmanuel Macron, presidente francês, censurou na quinta-feira (18) o Irã, instando a "parar de exacerbar a espinhosa situação nuclear com múltiplas violações" do JCPOA e pedindo ao país persa para "agir com responsabilidade".
Israel não confirma nem nega a posse de armas nucleares. As estimativas sobre o tamanho de seu arsenal nuclear variam de 80 a 400 ogivas.
Apesar de concordar em assinar a JCPOA em troca do alívio das sanções em 2015, o Irã sempre defendeu que não tem intenção de obter armas nucleares ou armas de destruição em massa de qualquer tipo, e pediu repetidamente aos EUA e seus aliados que abandonassem tais armas.
Em 2018 os EUA, sob a administração Trump, abandonaram o acordo nuclear e reimpuseram sanções a Teerã, levando o país a deixar gradualmente suas obrigações sob o JCPOA.