Índia deve renunciar à compra dos S-400 russos para evitar sanções dos EUA, diz Pentágono

Washington pode vir a impor sanções a Nova Deli caso a entrega de sistemas de defesa antiaérea russos S-400, prevista para o fim deste ano, venha a ocorrer.
Sputnik

Lloyd J. Austin III, secretário de Defesa dos EUA, instou no sábado (20) em Nova Deli os líderes indianos a evitar a compra de armamentos russos, inclusive os sistemas de defesa antiaérea S-400, se o país quiser evitar o risco de sanções, de acordo com a Lei Contra Adversários da América Através de Sanções (CAATSA, na sigla em inglês).

No entanto, Austin sublinhou que, por enquanto, eventuais sanções contra a Índia por esta assinar um acordo de US$ 5,43 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões) com Moscou para obter os sistemas S-400 ainda não estão em cima da mesa. O primeiro lote do sistema S-400 deverá chegar à Índia até o final de 2021.

"Não houve nenhuma entrega do sistema S-400 para acionar sanções", disse ele. Austin também insinuou que Washington está tentando levar Nova Deli a se alinhar mais com a política externa dos EUA.

O aviso de Austin se seguiu às conversações bilaterais com Rajnath Singh, ministro da Defesa da Índia.

Na última semana foi realizada uma cúpula do grupo Quad, convocada por Joe Biden, presidente dos EUA, que contou com a presença de Narendra Modi, Yoshihide Suga e Scott Morrison, primeiros-ministros da Índia, Japão e Austrália, respectivamente.

Em outubro de 2018 a Rússia e a Índia assinaram um contrato para o fornecimento de cinco regimentos de mísseis S-400, no valor de mais de cinco bilhões de dólares, o maior da história da Rosoboronexport, a agência russa responsável pela exportação e importação de produtos, tecnologias e serviços militares. A entrega dos S-400 deverá ser concluída até abril de 2023.

Um regimento de mísseis é composto por 16 lançadores múltiplos com quatro mísseis cada um.

Comentar