O comunicado divulgado nesta segunda-feira (22) pela CNI também sustenta que a recuperação da atividade econômica começará em maio. Porém, os efeitos da retomada no mercado de trabalho devem iniciar somente no início do segundo semestre.
"A taxa de desocupação deve crescer e registrar um novo recorde no segundo trimestre", afirmou a entidade.
A publicação afirma que com as pessoas voltando a procurar emprego, a taxa de desocupação média de 2021 será de 14,6%, superior aos 13,5% observados na média de 2020.
A CNI entende que o aumento de casos da COVID-19 e suas consequências deverão provocar uma queda na atividade econômica e a interrupção das contratações.
Neste sentido, a relação entre a dívida bruta do setor público e o PIB em 2021 deve alcançar o patamar de 91,1%, contra os 89% do PIB no ano passado. Isso significa que o endividamento público deverá subir.
"A CNI estima que as despesas relacionadas à pandemia fiquem em torno de R$ 84 bilhões em 2021", projetou a entidade.
Diante das incertezas sobre a evolução da pandemia e quais medidas econômicas serão adotadas, a CNI estimou três possíveis caminhos para o crescimento da atividade brasileira em 2021. O PIB poderá ter alta de 3%, e a indústria crescerá 4,3%.
A previsão de um PIB com crescimento de 3% neste ano considera que a atividade econômica inicia uma recuperação em maio, depois de uma queda de 7,2% em março e abril.
Em um cenário pessimista, a CNI considera que o PIB poderá ter um desempenho fraco em 2021, crescendo apenas 0,6%, com uma alta de 1,3% do PIB Industrial.
Nesse caso, a entidade leva em conta que uma piora significativa da situação sanitária obrigará os entes públicos a endurecer as medidas de distanciamento social. Com isso, projeta-se uma retração de 11,8% da atividade em março e abril.