Neste domingo (21), o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, disse que estava definindo decisões para um orçamento de Defesa mais ampliado, porém, membros do Partido Trabalhista britânico afirmam que o número de soldados está sendo reduzido, apesar do aumento de ameaças que o Reino Unido enfrenta, segundo a BBC.
Em 2015, havia 86.080 soldados no Exército Britânico, em janeiro de 2021, é observado um declínio, quando o contingente caiu para 80.010, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Defesa do país. A ideia, é que esse número desça para menos dez mil, chegando a um total de 70 mil soldados, segundo a mídia.
A redução mais recente no número de militares poderia ser feita por meio de movimentação "natural", ou seja, aqueles que deixassem o serviço não seriam substituídos por novos recrutas, de acordo com a BBC.
Após a publicação do documento sobre a revisão integrada de Defesa e política externa do Reino Unido na terça-feira (16), ministros britânicos disseram que grandes mudanças seriam necessárias para criar Forças Armadas mais ágeis. Como parte dessa revisão, o governo aumentou o limite de ogivas nucleares do país de 180 para 260.
De acordo com as novas diretrizes, haverá dinheiro extra para lutar nos novos domínios do espaço e cibernético e para robôs e drones. A força cibernética nacional será expandida e haverá um novo comando espacial para coordenar as operações espaciais militares e comerciais do Reino Unido, estabelecendo planos para novas capacidades, como guerras eletrônicas e drones. O Ministério da Defesa diz que as tropas estarão melhor equipadas dessa forma, porém, haverá menos delas, segundo a mídia.
Em novembro de 2019, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, respondeu a perguntas sobre possíveis cortes no número de soldados dizendo que "não vamos cortar nossas Forças Armadas de qualquer forma, vamos manter o seu tamanho". Porém, as prioridades definidas pelo Ministério da Defesa apontam outros caminhos.
O governo britânico não estaria sozinho nessa inciativa, já que a China também segue a mesma direção, investindo em robôs e drones para patrulhar suas fronteiras.