Em nota publicada nesta segunda-feira (22), o IBGE diz que conta "com o apoio da Comissão Mista de Orçamento na próxima votação para que esse cenário seja revertido".
"O país necessita das informações geradas pelo Censo, que são essenciais para subsidiar políticas públicas em diversas áreas, especialmente em um contexto de pandemia, onde esses dados são estratégicos para o avanço da vacinação e para o planejamento de infraestrutura em saúde", escreveu.
O relator-geral do Orçamento, senador Marcio Bittar (MDB-AC), entregou neste domingo (21) a primeira versão da previsão orçamentária para 2021. O instituto afirma que encaminhou uma proposta que previa R$ 2 bilhões para a realização do Censo 2021, mas que na previsão enviada por Bittar constam apenas R$ 300 milhões para fazer o levantamento.
"O IBGE informa que o orçamento previsto para o Censo é de R$ 2 bilhões, conforme proposta encaminhada ao Congresso Nacional no dia 31 de agosto de 2020. O parecer final do Excelentíssimo Senhor Relator propõe a exclusão de R$ 1,7 bilhão do orçamento solicitado para o Censo, o que inviabilizaria a operação", declarou.
A previsão do IBGE é iniciar em agosto o trabalho de campo do Censo 2021.
"Além de um modelo misto de coleta [presencial, telefone e on-line] e tecnologia de fronteira de supervisão e monitoramento, os profissionais envolvidos no Censo observarão, em todas as etapas da operação, rígidos protocolos de saúde e segurança adotados pelo IBGE, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e as melhoras práticas de prevenção e combate à COVID-19", completou.
Os recenseadores do Censo visitariam os cerca de 213 milhões de habitantes do Brasil, de agosto até outubro, nos 5.570 municípios do país.