O Programa Auxílio Carioca, diz o prefeito, atenderá 14% da população. Serão atendidas 50 mil famílias cadastradas no Cartão Carioca, com R$ 240 por família; 643 mil alunos beneficiados com o Cartão Alimentação, com pagamento de R$ 108,50 por criança; e 13 mil ambulantes cadastrados serão contemplados com R$ 500.
O programa contará com um aporte total de R$ 100 milhões, sendo R$ 70 milhões dos cofres do município, e outros R$ 30 milhões que estão sendo doados pela Câmara Municipal, escreve o jornal O Globo.
O objetivo do prefeito é diminuir o impacto das medidas de restrições, que começam a valer nesta sexta-feira (26) pelos próximos dez dias.
"São medidas de resposta à fome das pessoas, quando se faz restrições. É uma resposta à sociedade, a que não pode colocar um prato de comida na mesa. Essa é nossa prioridade" disse Eduardo Paes.
Saúde em colapso
O prefeito do Rio aproveitou o anúncio para falar sobre desmonte de hospitais de campanha, e também se defender das acusações do governo federal de que hospitais de campanha teriam sido desmontados levianamente.
Ele acrescentou que as medidas restritivas que a cidade pretende adotar a partir de sexta-feira (26) têm como objetivo frear o avanço da pandemia e tentar evitar que o sistema público de saúde entre em colapso.
"Na sexta-feira [19] , a fila da capital por espera de leitos de UTI tinha 40 pessoas. Dessas, só nove moravam na capital. A rede tem seus limites. O objetivo das restrições é dar uma segurada nas ondas".
Eduardo Paes reiterou não ver necessidade de remontar o hospital de campanha, como o do Riocentro.
"Há uma série de questionamentos sobre a desmontagem dos hospitais de campanha aqui no Rio. Desde o início do meu governo, a gente abriu mais de 350 novos leitos. Foi isso que impediu que o Rio entrasse em colapso".
Em seguida, Paes criticou os custos dos hospitais de campanha, dizendo que eram mais caros, mais demorados, e sem profissionais e insumos necessários. Ele enfatizou que esses hospitais estão, ainda, sob investigação.
"A gente tem mais leito aberto para atender pacientes com a COVID-19 do que tinha no ano passado. Ao invés de gastar uma estrutura absurda, cara e pouco eficiente, é preciso colocar para funcionar aquilo que a gente já tem", concluiu.