Após ser demitido do Ministério da Saúde, cogitado em uma possível pasta para proteger floresta amazônica, e até considerado para fazer parte de um grupo dentro do Ministério da Economia, o destino de Eduardo Pazuello pode ser a primeira instância da Justiça brasileira.
A PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para enviar para a primeira instância o inquérito que apura suposta omissão do ex-ministro no enfrentamento da pandemia no Amazonas, especialmente diante do colapso da saúde em Manaus.
A Procuradoria Geral da República entende que o caso deve tramitar na Procuradoria da República do DF porque, com a saída do cargo, Pazuello não tem mais foro privilegiado, escreve o portal G1.
A decisão está nas mãos do relator do caso no STF, o ministro Ricardo Lewandowski. Ele avaliará o pedido da PGR e os desdobramentos da investigação, aberta em janeiro deste ano.
A PGR entende que Pazuello sabia do iminente colapso no desabastecimento de oxigênio medicinal em Manaus, que levou a mortes desde dezembro, mas só enviou representantes em janeiro. Além disso, o órgão aponta atraso no envio do oxigênio.
Ainda de acordo com a entidade, mesmo já sabendo do problema, Pazuello providenciou a entrega de cloroquina, medicamento sem comprovação científica para tratar a COVID-19.