Para Croda, é improvável que o Instituto Butantan consiga realizar as três fases de testes clínicos até julho.
"A gente precisa de dados de eficácia. Então vai precisar de um tempo, mais ou menos de três a seis meses, se tiver circulação viral alta. Então não vai dar tempo de fazer esses estudos já com finalização de dados de eficácia", analisou Croda, em entrevista à CNN Brasil.
As duas primeiras fases podem ser conduzidas de maneira simultânea e concluídas em até dois meses. A terceira fase, no entanto, requer cerca de três meses para ser finalizada. O início da aplicação da vacina no mês de agosto seria uma previsão mais realista, segundo Croda.
"Não é tão rápido que isso acontece. Apesar da capacidade de produção existir pelo Instituto Butantan, por usar tecnologia similar à vacina da gripe, a gente precisa de tempo desses estudos de fase três para evidenciar a eficácia da vacina, assim como foi feito com a CoronaVac", destacou o pesquisador.
Em anúncio realizado hoje (26), o Instituto Butantan e o governo de São Paulo divulgaram que pretendem iniciar os testes com a vacina ButanVac no mês de abril.
Segundo Doria, o pedido de liberação para o início dos testes será enviado ainda hoje (26) para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A expectativa é que a fase dois de testes também comece em abril, com 1,8 mil voluntários. Na fase três, até nove mil pessoas vão participar.