O avanço foi verificado pelos pesquisadores a partir dos números semanais divulgados pelo Ministério da Saúde desde o começo do ano até o dia 13 de março.
"O país se encontra em uma situação de colapso do sistema de saúde, ao mesmo tempo que a pandemia vem ganhando novos contornos afetando faixas etárias mais jovens: 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos", escreveu a Fiocruz.
Segundo o estudo, o aumento de casos foi de, respectivamente, 565,08% (30 a 39 anos), 626% (40 a 49 anos) e 525,93% (50 a 59 anos). Para os pesquisadores, os números sugerem "um deslocamento da pandemia para os mais jovens".
O boletim aponta que, desde o início da segunda onda, na Semana Epidemiológica 46, que compreende o período de 8 a 14 de novembro de 2020, observou-se um aumento de jovens com COVID-19 que procuram serviços de saúde.
"A investigação chama atenção para o deslocamento da incidência para faixas mais jovens e a manutenção da mortalidade concentrada em faixas mais velhas. Esta mudança ainda é inicial e contribui para o cenário crítico da ocupação dos leitos hospitalares", apontou a Fiocruz.
A Fiocruz pede que sejam adotadas medidas de lockdown para tentar diminuir a disseminação do novo coronavírus.