Em uma coletiva de imprensa, o tenente-general Osama Rabie, presidente da Autoridade do Canal de Suez, disse que, "atualmente, 321 barcos estão à espera de atravessar o canal de Suez devido a essa situação" e não descartou que o acidente tenha sido provocado por falha humana.
"A tempestade de areia e os fortes ventos no dia do incidente não foram as causas principais", afirmou Rabie.
Sobre a operação para liberar o gigantesco navio de carga, Rabie informou que os trabalhos estão sendo realizados 24 horas por dia e contam com a participação de dez rebocadores.
Segundo o tenente-general, a situação é extremamente complexa devido ao tamanho da embarcação e pela quantidade de contêineres a bordo, o que torna o descarregamento do navio uma tarefa extremadamente difícil e "o último e indesejável cenário".
No dia 23 de março, o cargueiro Ever Given, com 400 metros de comprimento e capacidade para transportar cerca de 220 mil toneladas, encalhou no quilômetro 151 do canal de Suez, bloqueando uma das rotas comerciais mais importantes do mundo.
De acordo com uma estimativa feita pela publicação Commercial Times, de Taiwan, cada hora de inatividade do canal provoca perdas de aproximadamente US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,28 bilhões).
A companhia japonesa Shoei Kisen Kaisha, proprietária do Ever Given, afirmou que tem esperança de que a embarcação seja desencalhada ainda neste fim de semana.