Durante os exercícios chineses, os aviões cercaram de novo a ilha de Taiwan, após exercícios semelhantes na sexta-feira passada (26). Desta vez, uma aeronave adicional cruzou o estreito de Miyako para atingir o lado leste de Taiwan, de acordo com o jornal Global Times.
Cerca de dez aviões do ELP entraram na zona de identificação de defesa aérea do sudoeste de Taiwan, inclusive quatro caças J-16 e quatro J-10, uma aeronave de alerta rápido KJ-500 e uma aeronave de guerra antissubmarino Y-8. O avião Y-8 sobrevoou o canal de Bashi para o sudeste da ilha antes de retornar, segundo informaram as autoridades de defesa taiwanesas.
A trajetória do último voo de aeronaves chinesas foi semelhante à usada durante os exercícios de 26 de março, quando 20 aviões da China sobrevoaram o espaço aéreo taiwanês.
Além disso, o ELP enviou um grupo de aeronaves que não foram observadas pelas autoridades de defesa de Taiwan, mas do Japão.
Um avião de reconhecimento Y-9 e um avião de patrulha Y-9, muitas vezes chamado de aeronave de guerra antissubmarino Y-8, sobrevoaram uma área perto do lado leste de Taiwan antes de retornar, conforme comunicado de imprensa do Ministério da Defesa do Japão.
Isso significa que a ilha foi cercada de dois lados, do oeste e de leste, com os aviões chineses voando de diferentes direções, comentaram analistas ao Global Times.
Para resolver a questão de Taiwan, não importa se por meios pacíficos ou militares, a força militar é sempre necessária como base, disse ao Global Times um conselheiro sênior da Associação de Controle de Armas e Desarmamento da China, Xu Guangyu.
O ELP deve ser capaz de deter as forças secessionistas de Taiwan em todas as direções, os treinamentos recentes foram destinados a atingir esse objetivo, afirmou Xu.
A China considera que a ilha é parte integrante de seu próprio território e nunca renunciou ao uso da força para reassumir seu controle. Os aviões do Exército chinês sobrevoam com frequência áreas próximas da ilha de Taiwan.