"Ambas vacinas - Covishield e Covaxin - são eficazes contra as variantes do Reino Unido e do Brasil. O trabalho contra a variante da África do Sul está em andamento em vários laboratórios", disse o diretor-geral do Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR, na sigla em inglês), Balram Bhargava.
O especialista também afirmou que, dentre as 11.064 amostras de genoma sequenciadas no país, a variante britânica do vírus foi detectada em 807, a variante sul-africana em 47, e a variante brasileira foi encontrada em apenas um.
De acordo com informações do Times of India, Bhargava disse ainda que as mudanças no genoma da COVID-19 são "um fenômeno natural e inevitável". Ele alertou que apesar dos perigos do coronavírus, mutações são esperadas, "isso não é motivo para pânico".
"No entanto, quando um vírus muda, ele passa por mudanças significativas e há uma necessidade de testar se minhas vacinas existentes funcionam contra o vírus", explicou ele.
Curiosamente, no mesmo dia (30) em que um representante governo da Índia anunciou que Covaxin é eficaz contra a variante brasileira do coronavírus, a Anvisa negou a solicitação de Certificação de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos da Bharat Biotech, responsável pela fabricação do imunizante.
Este processo é um pré-requisito para que os fabricantes obtenham a autorização para o uso emergencial do imunizante ou registro definitivo, dificultando a importação brasileira da vacina Covaxin contra COVID-19.
No último dia 24, o Ministério da Saúde havia solicitado à Anvisa a importação de 20 milhões de doses da vacina indiana.