Militares sul-coreanos confirmaram nesta terça-feira (30) que a 35ª Brigada de Artilharia de Defesa Aérea (ADA) em Osan, província de Gyeonggi, uma subunidade do 8º Exército dos EUA que comanda 28.500 soldados americanos na região, se juntou a outras três bases para exercícios conjuntos.
As outras bases são a 38ª Brigada localizada no Japão, a unidade E-3 de ADA da Defesa Terminal de Alta Altitude (THAAD, na sigla em inglês), em Guam, e o 94º Comando de Defesa Aérea e Antimísseis do Exército, no Havaí. O exercício, que teve duas semanas de duração e terminou em 12 de março, foi tornado público semanas depois, em meio ao aumento das tensões militares na região, após a Coreia do Norte lançar mísseis balísticos e de cruzeiro de curto alcance no mar do Japão (também conhecido como mar do Leste).
"Ser capaz de simular eventos em tempo real é uma ótima maneira de testar nossa capacidade de resposta e nossa capacidade de comunicação em redes bilaterais", disse o coronel Matthew W. Dalton, comandante da 38ª Brigada de Artilharia de Defesa Aérea, no Japão.
Especula-se que os EUA estão acelerando os esforços para montar um sistema aprimorado de defesa antimíssil em várias camadas para conter as ameaças de mísseis da Coreia do Norte e da China.
"Os militares dos EUA disseram que trabalhariam para promover a chamada interoperabilidade de seus escudos antimísseis, como o Patriot e o THAAD", afirmou Shin Jong-woo, analista sênior do Fórum de Defesa e Segurança da Coreia do Sul.
O sistema THAAD derruba mísseis em grandes altitudes enquanto o Patriot intercepta ameaças voando baixo. Em conjunto, os dois sistemas fazem a varredura mais rapidamente e impedem tanto as ameaças ainda distantes no céu quanto as que voam mais baixo.
O Ministério da Defesa de Seul disse que realiza regularmente seus próprios exercícios de defesa antimíssil e que não há nada a comentar sobre o último exercício dos EUA. Washington não pediu a Seul para participar do exercício, de acordo com um alto funcionário do Ministério da Defesa ao The Korea Hearld.