O ministro encaminhou um ofício ao STF informando sobre a aposentadoria. Marco Aurélio disse que tomou a decisão de antecipar a saída para não perder benefícios que poderiam não ser oferecidos caso optasse pela saída compulsória. As informações foram publicadas pelo portal G1.
Em entrevista, o decano disse esperar que Jair Bolsonaro não indique um substituto até que ele deixe de exercer as funções de ministro.
"Eu espero que o presidente me respeite. Não tem motivo para açodamento. Será que ele já quer me ver pelas costas assim? Eu vou continuar com o mesmo ânimo de sempre até o final", afirmou.
Jair Bolsonaro já indicou o ministro Nunes Marques para o lugar de Celso de Mello, que deixou o STF no ano passado. Com a saída de Marco Aurélio Mello, o presidente poderá indicar seu segundo nome para a Corte.
Marco Aurélio recentemente criticou o governo Bolsonaro e afirmou que o Executivo Federal cometeu "um erro grosseiro" ao mover ação apenas com assinatura do presidente Jair Bolsonaro, dispensando a assinatura do ministro da Advocacia-Geral da União, José Levi.
O decano também foi o relator responsável pela decisão dos casos que deram autonomia para governadores e prefeitos definirem as medidas contra o novo coronavírus.