Segundo relatório divulgado hoje (31) pela Fundação, 17 estados e o Distrito Federal têm ocupação de leitos superior a 90%. Destes, Amapá a Mato Grosso do Sul já estão com leitos 100% ocupados.
Outros seis estados têm ocupação acima de 80%. Apenas Amazonas, com 76%, e Roraima, com 62%, têm índices abaixo de 80%. Os pesquisadores da Fiocruz acreditam que isto se deve a estes estados terem sofrido com novas ondas de contaminação pelo novo coronavírus antes dos demais, em janeiro e fevereiro.
"Neste novo patamar da pandemia, a situação mudou drasticamente. Se Manaus (Amazonas), com o colapso do seu sistema de saúde, constituiu um alerta do que poderia ocorrer em outros estados, a situação hoje de São Paulo (São Paulo) é um alarme do quanto esta crise pode ser mais profunda e duradoura do que se imaginava até então", diz o relatório da Fiocruz.
Segundo os pesquisadores, as medidas ideais para reverter o quadro atual são medidas de restrição de circulação de pessoas por cerca de 14 dias, que é o "tempo mínimo necessário para redução significativa das taxas de transmissão e número de casos (em torno de 40%)".
Além disso, recomendam a diminuição das pressões sobre o sistema de saúde do Brasil, como a oferta de maior número de leitos para desafogar os hospitais atualmente lotados.
Nesta terça-feira (30), o Brasil bateu novo recorde de mortes registradas em 24 horas: foram 3.668 óbitos causados pela COVID-19.
Como alento, o Brasil deve ter em abril o mês com o maior número de doses de vacina desde o início da pandemia: juntas, as entregas do Instituto Butantan e da Fiocruz devem resultar em um total de 27 milhões de injeções.
Além disso, nesta quarta-feira (31) a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu pela aprovação do pedido de uso emergencial da vacina da Janssen, empresa do grupo Johnson & Johnson, contra a COVID-19.