Em pronunciamento à nação, Emmanuel Macron reconheceu que os esforços atuais para diminuir a propagação do vírus "são muito limitados, em um período no qual a epidemia está acelerando". Segundo o chefe de Estado francês, a disseminação da chamada variante britânica mostra "que existe risco de perda de controle" da pandemia.
Pronunciamento aos franceses.
Nesse sentido, Macron anunciou que as escolas fecharão a partir da próxima segunda-feira (5), por um período de três semanas, que coincidirá com duas semanas de férias escolares no país.
Além disso, o presidente francês acrescentou que, a partir da noite de sábado (3), e durante as próximas quatro semanas, haverá restrições de viagens em todo o país, e que os estabelecimentos de serviços não essenciais ficarão fechados, seguindo a mesma linha de ações que já foram adotadas em locais que se tornaram focos da doença, como Paris.
A partir desta noite de sábado [3] e durante quatro semanas, as medidas de restrição que já estão em vigor em 19 departamentos serão ampliadas para todo o território.
Contudo, em relação às medidas que serão tomadas no médio prazo, Macron adotou um tom mais otimista, ao assinalar que alguns estabelecimentos culturais e cafés poderão reabrir em meados de maio, mas "sob regras rígidas", e que um calendário será estabelecido para a reabertura progressiva de outros setores da economia.
"Graças à vacina, o caminho para sair da crise está surgindo", disse o presidente francês.
Macron também anunciou que a vacinação contra a COVID-19 será liberada para todos os maiores de 60 anos a partir de 16 de abril, enquanto as pessoas com mais de 50 anos começarão a ser vacinadas em meados de maio.