Pequim pede que OMS respeite relatório sobre origem da pandemia e nega omissão de dados

A China instou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a respeitar a conclusão dos especialistas chineses e internacionais sobre as origens da COVID-19.
Sputnik

A China respondeu nesta quarta-feira (31) às críticas feitas pelo diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre a falta de acesso a dados referentes aos primeiros casos da pandemia no país.

Pequim rechaçou as acusações, e disse que é preciso haver respeito aos cientistas que compuseram o estudo, escreve o jornal Global Times.

"Nós precisamos respeitar a ciência e respeitar as opiniões e conclusões dos cientistas, disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

Segundo a publicação, os observadores chineses veem a acusação como "presunção de culpa" e politicamente motivada. Se a investigação for politicamente orientada, não haverá nenhum resultado justo e científico, disseram os cientistas ouvidos pela reportagem.

Pequim pede que OMS respeite relatório sobre origem da pandemia e nega omissão de dados

O relatório da OMS foi escrito por uma missão conjunta de 17 especialistas chineses e 17 especialistas internacionais escolhidos pela própria entidade. O grupo passou 27 dias na cidade de Wuhan, na província central de Hubei, o marco zero da pandemia.

As conclusões são alvo de uma série de críticas internacionais, em especial de potências ocidentais que acusam a China de controlar o processo.

"Eles querem espalhar boatos e impulsionar sua agenda política", concluiu Hua Chunying.

Tedros fez ressalvas não só sobre a qualidade dos dados, mas afirmou que nenhuma hipótese sobre a origem da pandemia pode ser descartada.

Segundo a missão científica, a teoria mais provável é que o vírus tenha sido transmitido de morcegos para um animal intermediário, de onde o patógeno pulou para os humanos.

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