O voto de censura do Senado contra o assessor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não gera punição, mas serve como uma forma de repreensão pública do Senado contra o assessor.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também pediu uma abertura de investigação sobre o caso para a Polícia Legislativa. Caso seja constatada alguma infração, a investigação pode ser enviada para o Ministério Público.
Além disso, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Rio Grande do Sul afirmou que encontrou indícios de crime cometido por Martins e pediu a abertura de uma investigação.
No dia 24 de março, Martins foi gravado durante uma sessão do Senado realizando um gesto ligado aos supremacistas brancos dos Estados Unidos. O gesto com as mãos simbolizaria o lema "poder branco", do inglês "white power".
Na data, Martins negou que tivesse realizado o gesto e afirmou que estaria ajustando a lapela do terno.
A imagem do assessor realizando o gesto viralizou nas redes sociais à época, com diversas acusações circulando contra o assessor. Entre os grupos que repreenderam o gesto de Martins publicamente está o Museu do Holocausto de Curitiba, que publicou o vídeo do assessor em suas redes sociais acompanhado de duras críticas.
O Museu do Holocausto afirmou ainda que a "apologia a este tipo de símbolo é gravíssima" e que atos como esse "ultrapassam qualquer limite de liberdade de expressão".
Apesar da repercussão negativa e da repreensão do Senado, Filipe Martins continua no cargo.