Os pedidos foram feitos por Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pernambuco e Sergipe.
A Anvisa informou que os processos estão sendo analisados de acordo com resolução "que estabelece os procedimentos e requisitos para submissão de pedido de autorização excepcional e temporária para importação e distribuição de medicamentos e vacinas contra COVID-19".
A agência disse que os pedidos de importação dependem do esclarecimento de "aspectos técnicos relevantes" e, por isso, foi proposta reunião de trabalho entre os diretores da Anvisa e os governadores, o que deverá ocorrer na próxima semana.
"A Anvisa permanece comprometida com a disponibilização de vacinas à população em tempo oportuno e com a devida segurança, qualidade e eficácia. Assim, segue atuando conforme os procedimentos científicos e regulatórios necessários à autorização desses produtos", disse a Anvisa em nota.
Análise de uso emergencial
O imunizante ainda não obteve o registro para uso emergencial da agência. Em janeiro, o laboratório União Química fez pedido para utilização emergencial do imunizante, mas a Anvisa argumentou que faltavam documentos.
A farmacêutica entrou com novo pedido em 25 de março, com base em lei que dá à Anvisa sete dias para analisar solicitações de uso emergencial de imunizantes aprovados em agências de determinados países, entre eles a Rússia.
No entanto, no dia seguinte a Anvisa anunciou que tinha suspendido o prazo de análise e requerido novas informações ao laboratório União Química. A agência informou nesta quinta-feira (1º) que tinha recebido "complementação ao processo de pedido de uso emergencial para a vacina Sputnik V, encaminhado pela empresa União Química Farmacêutica".
Apesar disso, a Anvisa explicou que algumas "pendências" não "constam na documentação recebida", por isso "o prazo de sete dias úteis permanece suspenso até a apresentação da documentação faltante".
Acordos
Desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, a Sputnik V tem mais de 90% de eficácia comprovada. Por meio do Fundo Russo de Investimentos Diretos, o Ministério da Saúde assinou contrato para a compra de dez milhões de doses da vacina.
O Consórcio do Nordeste, por sua vez, fez acordo para a entrega de 39,6 milhões de doses, que serão entregues ao Plano Nacional de Imunização. Na região Norte, o Pará assinou contrato para compra de três milhões de doses; Amazonas e Rondônia vão receber um milhão de doses; e o Amapá ficará com 450 mil.
No Rio de Janeiro, o município de Maricá anunciou acordo para aquisição de 400 mil doses da Sputnik V.